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Conhecimento científico é a dúvida metodológica

Uma característica do conhecimento científico pessoal é a dúvida metodológica. Poucas vezes se duvida do conhecimento científico geralmente aceite.

Capa do PDF do Método Científico Global. Árvore do conhecimento com folhas rosa.

 

O MÉTODO CIENTÍFICO GLOBAL

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Autor: José Tiberius

 

 

1.b) O conhecimento científico

Uma característica do conhecimento pessoal é a dúvida metodológica, pois é mais saudável compreender as coisas que aprendê-las. Mas, claro, temos que colocar certos limites ao conhecimento pessoal, há coisas que não compreendemos mas que aceitamos porque são geralmente aceites, neste sentido o nosso conhecimento científico pessoal é mais reduzido que o feral.

O que quero expressar é a distinção entre as crenças gerais, ainda que sejam de caráter científico, e o que alguém pensa, crê ou aceita como válido firmemente, tão firmemente que anula a possível contradição com o conhecimento científico geralmente aceite.

Ao longo da minha vida de estudante, em muito poucas ocasiões me surgiram dúvidas razoáveis sobre a veracidade ou correção do que estava a estudar quando a matéria fazia parte do conhecimento científico geralmente aceite.

A primeira que recordo foi a teoria da evolução por mutações aleatórias de Darwin e a dos genes dominantes e recessivos a que se referem as Leis de Mendel. Por sorte, pude desenvolver de forma estruturada um conjunto de ideias alternativas em linha com o meu conhecimento pessoal as minhas reflexões sobre a vida e expô-las no livro da Teoria Geral da Evolução Condicionada da Vida.

A segunda vez que duvidei do conhecimento científico geralmente aceite, que pelas suas características está muito relacionada com a anterior, refere-se ao suposto caráter não hereditário da inteligência defendido pela doutrina oficial da psicologia e da sociologia econômica. Eu, pelo contrário, sempre pensei que existe uma grande influência da herança genética na inteligência pela minha educação, experiência e natureza.

Também neste segundo caso pude escrever uma quadrilogia intitulada Teoria Cognitiva Global sobre os meus conhecimentos do pensamento no qual se inclui em anexo um trabalho estatístico que, a meu ver, demonstra de forma científica o caráter fundamentalmente hereditário da inteligência relacional ou inteligência no sentido amplo e da própria existência de uma evolução teleológica ou finalista.

A relatividade do tempo de Albert Einstein foi a terceira coisa que não tinha clara quando a estudei e muito menos clara quando, posteriormente, tentei compreender as explicações elementares de outros livros de física moderna. O problema não é que não tenha claro, mas sim que tenho claro que me parece que não sabem do que estão a falar. Perdão pela expressão!

No final, além de compreender perfeitamente o conceito de relatividades do tempo da física moderna, não gosto e parece-me vontade de complicar o desconhecido. Digo problema, porque a mim ocorreram-me outras ideias que acho que pode ser interessante expressá-las e, logicamente, socialmente tem os seus riscos de integridade psíquica porque a física é uma área do conhecimento com características muito especiais, ainda que haja que ter presente que também a biologia, a genética e as neurociências avançaram muito na sua técnica ultimamente.  

Não obstante, devo reconhecer que os meus problemas com a relatividade quando não a compreendia eram muito mais comuns do que seria de esperar de uma teoria supostamente baseada no conhecimento científico.

Já que falei das dúvidas que me surgiram na busca do conhecimento pessoal na minha juventude, não quero acabar sem mencionar uma mais, visto que creio que foram quatro as dúvidas de maior transcendência por estar ligadas a conceitos essenciais da nossa vida como o amor, o tempo, a evolução, a inteligência e a herança.

Árvore do conhecimento
Capa do PDF do Método Científico Global. Árvore do conhecimento com folhas rosa.

A última grande dúvida metodológica refere-se à famosa expressão do Século de ouro da literatura castelhana, para mim nunca teve sentido pensar que a literatura castelhana posterior fosse inferior. Eu diria que o famoso século de ouro corresponde a uma etapa adolescente e de rápido crescimento, mas não de máximo esplendor.

Dito de outra forma, espero não ficar com vontade de escrever um livro sobre o crescimento e características principais das línguas como sistemas de impulso vital.